quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Simplesmente a sós.



Se tem algo que gosto no tempos das comemorações é de ter um tempo sozinha, que geralmente é bem dificil porém possível em meio a tanta correria.
Pode parecer melancólico, mas ao meu ver é exatamente é o tempo de silêncio que faz todo o barulho da alegria ter sentido. É no silêncio e a sós, principalmente se for com Deus que cada "coisa toma o seu lugar".
No decorrer das situações, as emoções (e hormônios rs...) afloram e as lutas muitas vezes tomam uma aparência de serem bem maiores do que realmente são. Só depois que nos damos conta da dimensão verdadeira da "luta" seja ela qual for.
No final do ano, essa situação se repete porém numa dimensão maior, de podermos refletir sobre a variedade de circunstâncias que passamos e sobrevivemos, o quanto nos custou em tempo, em desgaste ou em oração.
Podemos também ver  quais situações tiveram um fim, qual foi: se bom, se ruim... Quantas situações ainda estão em aberto esperando uma conclusão.
As situações dependeram direta e simplesmente de nós ou de outras pessoas para se resolverem?
Tenho olhado para minha vida e visto que muitas coisas dependem e muito, quando não exclusivamente de mim para serem efetudas: a educação/disciplina do filho, algumas tarefas domésticas, a minha postura como esposa, tantas decisões no trabalho...
Refiro aqui "dependência"  no sentido de responsabilidade possível de ser  compartilhada ou não com outra pessoa.
Mas algumas decisões sobre minha própria vida, definitivamente não dependeram de mim! Meu ambiente de trabalho e até  cidade de residência dependeram exclusivamente de outras pessoas (autoridades/chefia).
Esse é o meu exemplo, por ser meu momento de vida, mas quantas pessoas não passam por uma situação semelhante pois estão sob os cuidados de outra pessoa, seja ela pai, mãe, enfermeiro, médico...
Para mim, situações desse tipo são exemplos de "tratamento", de ensino e aprendizado profundo pois na verdade só exemplificam que não temos mesmo o controle total sobre nossa vida.
Somos temporais, limitados e dependentes sempre, mesmo quando não queremos aceitar.

O ser humano é como a flor que se abre e logo murcha; como uma sombra ele passa e desaparece. Jó 14:2

O fato é que se tivermos a real dimensão da nossa dependência, então que seja em meio à tranquilidade ou a lágrimas, teremos então proporcionalmete gratidão pelo bem alcançado, dor superada ou mesmo quando consideramos as perdas, então ainda resta o aprendizado.
Quando compreendemos nossa falibilidade, então compreendemos todo o bem a compaixão que estão disponíveis a nós.
Hoje, ao olhar para esses trezentos e tantos dias que se passaram, consigo perceber a mão de Deus mobilizando pessoas, direcionando, para  não somente cuidar de mim e me abençoar, mas também para cuidar de tantas pessoas que estão ao meu redor. Ele quer mesmo nos abençoar!!

Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Jeremias 29:11

Deus abençoe que você  também pare e tenha um tempo a sós com Ele para relembrar, refletir e perceber que Ele domina sobre toda a Terra mas quer fazer morada mesmo, é em você.


Parai, disse ele, e reconhecei que sou Deus; que domino sobre as nações e sobre toda a terra. Salmos 46:10


PRA VC, GRATIDÃO E ESPERANÇA!!
FELIZ 2011!!

ps.: aproveitando, vamos postar um video tb?!
Uma trilha sonora para o seu momento ;)


um suspiro...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A dor em meio às festas.




Conforme vai chegando o tempo das festas de Natal e passagem de ano, muitas pessoas vão se entristecendo, evitando as comemorações justamente porque toda a sociedade espera que todos, sem excessão estejam felizes.
Tenho amigos muitos próximos que passaram recentemente pela dor da perda de queridos, o que tem me feito refletir um pouco mais sobre o assunto e ver que como seres humanos e até cristãos, às vezes deixamos a desejar no quesito "compreensão" da dor do próximo e muitas vezes exigimos que o outro fique feliz, quando realmente não seria sincero aparentar felicidade.
A  Bíblia diz no Salmo 116:15 que "Preciosa é à vista do SENHOR a morte dos seus santos", entendendo que santos são todos aqueles que se separam para Deus, pessoas comuns como eu e você.
Para Deus realmente é muito preciosa a nossa morte porque mesmo que tenhamos uma vida de dedicação à Ele, nossa morte nos tira de um mundo de dor  nos devolve à Ele, plenamente.
Interessante que ainda essa seja a visão de Deus sobre a morte, a Bíblia no Evangelho de João 11:35 relata que Jesus chorou quando soube da morte de Lázaro. Ao ler todo o trecho, vemos que Jesus lhe dá a vida novamente, mas o que me chama atenção aqui é que Ele também chorou a morte, como nós fazemos. Apesar de toda a sua divindade, de toda a sua plenitude e poder que está em suas mãos Ele, em sua humanidade chorou.
Temos liberdade então para chorar as nossas perdas, a nossa dor e podemos ter a certeza que Ele mesmo está conosco em nosso tempo de dor. Apenas não podemos perder a convicção de que estamos acompanhados sempre por Deus e NADA vai nos separar do Seu amor! Nem mesmo a nossa temporária tristeza.

Apenas mais dois  versículos antes de uma entrevista muito interessante publicada pela revista Isto É em abril de 1999 com a psicóloga especialista em luto, Maria Helena Bromberg.

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu (Jesus) venci o mundo". João 16:33

"Tu (Senhor) mudaste  o meu choro em dança alegre, afastaste de mim a tristeza e me cercaste de alegria". Salmos 30:11


Abraços e boa leitura!!!




Maria Helena Bromberg


A psicóloga Maria Helena Bromberg desvenda os tipos de perdas e diz que a cultura ocidental estimula a idéia do fim da vida como punição.
JANETE LEÃO FERRAZ


Istoé - Por que a sra. se especializou nesse assunto?

Maria Helena Bromberg - Comecei a me perguntar por que as pessoas são tão apegadas a ponto de não sobreviver à morte ou à perda de alguém. Perdi minha mãe quando era pequena, um irmão já adulta, a quem eu era muito apegada. E, recentemente, minha irmã. Tenho um histórico respeitável.

Istoé - Estudar a morte lhe deu preparo para enfrentar as perdas?

Maria Helena Bromberg - A saudade dói do mesmo jeito, mas tenho um conforto porque, quando enfrentamos a morte, aprendemos a aproveitar melhor a convivência em vida.

Istoé - Por que as pessoas temem esse assunto?

Maria Helena Bromberg - É a única certeza que se tem, mas nossa cultura não incorpora a morte como parte da vida. Pensa-se nela como castigo e é comum ouvirmos comentários como: "Ele era tão bom, por que morreu?" Morte é afastamento, silêncio, nunca mais.

Istoé - Em que idade nos damos conta de que a morte é inexorável?

Maria Helena Bromberg - Desde que nascemos sofremos perdas e lutos, não necessariamente ligados a mortes. A psicanálise acredita que a criança vive seu primeiro luto ao ser desmamada pela mãe. Depois, ouve ameaças de perdas como "Mamãe vai embora", "Você vai ficar de castigo". Há semelhança da ausência, da falta, com o final da vida.

Istoé - Somos ensinados a não considerar a morte como fato?

Maria Helena Bromberg - Na cultura ocidental sim. Talvez por conta do pecado original. Pressupõe-se que se fez algo horrível e a morte é a punição. Adão e Eva, depois de cederem ao pecado, foram castigados tornando-se mortais. Há ainda o medo do desconhecido. Pacientes terminais querem saber o que vai acontecer quando a vida acabar. Os que se apóiam em alguma crença se sentem de alguma forma amparados.

Istoé - Quais são as outras perdas que geram o luto?

Maria Helena Bromberg - Toda perda gera luto. O divórcio, a aposentadoria, a imigração, a mutilação, o aborto, a menopausa, a impotência.
Istoé - Por que a imigração?

Maria Helena Bromberg - As pessoas chegam a um novo lugar, perdem suas raízes, sua identidade e sua independência. Estamos estudando o comportamento dos dekasseguis, quando voltam ao Brasil. Há muitos traumas.

Istoé - Que tipo de luto gera a aposentadoria?

Maria Helena Bromberg - A perda da identidade. O aposentado perde a área de influência. A casa funcionou durante 30 anos sem que ele desse palpites. No começo é uma lua-de-mel. A pessoa fica exultante e diz que agora vai viver. Engana-se. Atuava no trabalho, não atua mais. Em casa, ninguém o ouve. Então vai jogar dominó. É comum adoecer.

Istoé - E por amputação?

Maria Helena Bromberg - Causa reações variadas. No amputado falta literalmente uma parte. Ele tem que fazer uma transição para se aceitar sem aquele pedaço.

Istoé - O velejador Lars Grael, que sofreu a amputação de uma perna, evitou o luto?

Maria Helena Bromberg - Pela imprensa, notei que a coisa mais importante no processo dele foi a luta pela sobrevivência. Ele permanece ativo, que é uma forma de não ficar velando a perda. Avaliamos uma tese sobre amputação, que concluiu que o desafio é se adaptar à prótese. Há lutos complicados em acidentados que não podem usar próteses ou que ficam paraplégicos.

Istoé - Qual é o medo maior, morrer ou perder alguém?

Maria Helena Bromberg - Difícil dizer. Quando uma mãe diz que morreria no lugar do filho, não pensa que se fosse ela o filho sofreria. Além do temor, há culpas, ressentimentos, medo do futuro sem a pessoa. São emoções ambíguas, impasses.

Istoé - Por que muita gente adoece por luto?

Maria Helena Bromberg - Por conta das ocorrências psicossomáticas. As manifestações mais frequentes são os distúrbios de sono e de alimentação. Depende do grau de enlutamento. Do que afeta no cotidiano. Alguns enlutados não conseguem mais trabalhar. Outros, apresentam distúrbios de atenção e memória. Há pessoas que ficam suscetíveis a acidentes. Crianças podem apresentar problemas na escola.
Istoé - O temor da morte tem idade?

Maria Helena Bromberg - Não. Todos tentam evitar o assunto, até discriminam. Inúmeras vezes pessoas me olharam como se eu fosse uma pessoa nefasta. Pensam que sou gótica, dark. Mas não sou nada disso. Sou uma pessoa normal.

Istoé - Criança lida melhor com o luto?

Maria Helena Bromberg - Pode ser, mas é necessário que ela conceitue o que é morte. Absorva aspectos como universalidade. Ou seja, todos vamos morrer. Também a irreversibilidade: quando morre, não "desmorre". E por último a causalidade. Isto é, morreu porque aconteceu alguma coisa. A criança consegue integrar isso no começo da adolescência. Antes, ela pode achar que rezando a pessoa desmorre. Ela tem exemplos nos desenhos animados ou joguinhos virtuais. Seus heróis têm muitas vidas. É importante dizer à criança que o jogo é legal, mas não é real. Os adultos não favorecem essa percepção e preferem evitar o assunto.

Istoé - Por que o adulto faz isso?

Maria Helena Bromberg - Muitas vezes por medo ou por não saber o que dizer. Ele pode estar enlutado também. Se há uma perda na família, a criança tem que ser comunicada. Para o adulto fragilizado, falar é difícil. Na percepção global, morte é uma coisa não cotidiana, e o adulto tende a achar que não é assunto de criança. Mas ela quer esclarecimentos.

Istoé - Esclarecer torna a criança mais preparada?

Maria Helena Bromberg - Sim. O adulto tende a subestimar as perdas infantis. A queda do sorvete ou a quebra do brinquedo, em termos de dor, é incomparavelmente menor frente à perda de alguém querido, mas é uma situação que faz a criança pensar sobre limites, frustração e reversão de expectativa.

Istoé - Qual o pior tipo de luto?

Maria Helena Bromberg - Há quatro aspectos: a pessoa que morreu, o tipo de morte, o suporte psicossocial que o enlutado tem e a sua estrutura psíquica. Se tem histórico de perdas, os problemas psíquicos podem incapacitá-lo para enfrentar mais essa. Julga-se que o luto mais difícil é o da morte de filho por suicídio. Mas como diz a música de Caetano Veloso, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.

Istoé - A morte de um bicho de estimação pode ser tão devastadora?

Maria Helena Bromberg - Pode, só que aí entra na categoria de luto não franqueado. Esse luto espanta. "Onde já se viu chorar tanto por um cachorro. Se ainda fosse um filho vá lá", costumam dizer.

Istoé - Há outros lutos assim?

Maria Helena Bromberg - A perda do parceiro por Aids também não tem receptividade. Morte do ou da amante. O aborto (provocado ou não), que é visto como um não evento.

Istoé - Como assim?

Maria Helena Bromberg - No aborto não aconteceu o nascimento nem a morte convencional. A reação das pessoas é minimizar a perda. Falam: "Não se preocupe, logo você tem outro." Fizemos uma pesquisa com 60 mulheres adultas que tinham abortado na adolescência. Isso redundou até em esterilidade. A mulher pode ter um trauma psicológico e não engravidar novamente.

Istoé - O luto não autorizado influencia a futura mãe?

Maria Helena Bromberg - Sem dúvida. Atendi uma família que trouxe a filha adolescente para a terapia por achar que ela estava rebelde. Na entrevista com mãe e filha ficou clara a dificuldade de relação entre elas. A mãe não se sentia confortável. Superficialmente, pareciam conflitos típicos de adolescente, mas havia algo mais. O segredo era um aborto que a mãe fizera antes de a menina nascer, um luto que a mãe carregava ainda.

Istoé - E como tratar isso?

Maria Helena Bromberg - Mais profundamente com a mãe. Ao fim ela resolveu revelar o segredo e livrou-se do peso. Parece mágico, mas não é. Foi um processo longo e doloroso para ambas, o que dá para dimensionar como a coisa se arrasta.

Istoé - Existe um tempo padrão para superar o luto?

Maria Helena Bromberg - Essa é uma questão temerária. Pode-se achar que morrer ou perder alguém acontece numa boa porque o tempo é o melhor remédio.

Istoé - E não é?

Maria Helena Bromberg - O tempo ameniza a dor, mas também é capaz de gerar um luto crônico. O que poderia ser uma passagem de um estado para outro, pode permanecer na tristeza. No luto crônico, quanto mais o tempo passa, pior fica. É também chamado de luto complicado.

Istoé - Há mais tipos de luto complicado?

Maria Helena Bromberg - Tem o adiado, aquele que a pessoa diz que está bem, não encara o sofrimento, chega a ficar eufórico. Um dia morre o peixinho da irmã da vizinha e ela desaba.

Istoé - Não existe o luto adiado para sempre?

Maria Helena Bromberg - Não. As pessoas têm que realizar suas perdas. Há um estudo feito na Inglaterra, a partir dos prontuários de pacientes psiquiátricos, em que se pesquisou a vida deles. Havia uma alta incidência de perda de pai ou mãe na infância. Eram pacientes com quadros psiquiátricos severos. Este é um exemplo de que o luto não realizado pode se manifestar não só na tristeza padrão, mas em doenças psiquiátricas. É diferente do luto distorcido, em que a pessoa aparenta estar bem, mas não está. Tem filhos para criar, trabalho e não consegue dar conta de tudo. Então disfarça.

Istoé - E sobre o tempo de duração do luto?

Maria Helena Bromberg - Trabalhamos por um parâmetro de um ano, mas não é regra. Há datas marcantes como o primeiro aniversário da pessoa que morreu. O primeiro Natal, etc. São situações de celebração que, depois da perda, marcam a ausência. Isto é positivo porque faz com que a pessoa se dê conta da realidade da perda. É importante que essas datas não sejam negadas. Quando completa um ano da morte, acontece um fenômeno chamado "reação de aniversário". Revive-se o ano que passou, a dor. Se perguntam por que estavam melhor e a dor voltou com tudo?

Istoé - E a partir daí muda a relação com a perda?

Maria Helena Bromberg - Do ponto de vista da terapia, é muito importante que se possa trabalhar o enlutado durante o primeiro ano da perda para o terapeuta estar junto nesses momentos. Do ponto de vista clínico, é muito mais complicado quando o enlutado chega ao consultório depois de cinco, dez anos da perda. As coisas estão mais cristalizadas. Quando entra no segundo ano, faz um certo platô emocional, sem que tudo tenha sido elaborado.

Istoé - Então, depois de uma grande perda, é possível ser feliz?

Maria Helena Bromberg - É claro, mas precisa ressaltar que o enlutado odeia pensar que vai esquecer o ente que morreu. Ele não pode nem quer esquecer. A terapia trabalha na transformação dessa ausência numa memória. Porque o morto vive na memória de quem conviveu com ele. Esquecer é aterrorizante porque é não ter mais. A memória é saudável.

Istoé - E por que algumas pessoas não se recuperam? Há quem tenha morrido de tristeza. A terapia pode reverter isso?

Maria Helena Bromberg - Depende do tipo de relacionamento que a pessoa tinha com o morto. Tem dependência que se manifesta em coisas sutis do cotidiano, que no dia-a-dia não se percebe. Há viúvas, por exemplo, que não sabem sequer que roupa usar, que nunca tomaram decisões com relação à família. Era sempre o marido quem fazia. Muitas vezes tem um lado fraco e um forte. Se o fraco morre, o outro vai precisar de alguém que substitua aquela dependência que classificamos de cuidadora.

Istoé - E as pessoas que desabrocham depois de enviuvar?

Maria Helena Bromberg - A sociedade é muito crítica em relação à viúva bem mais do que ao viúvo. Pode ser um luto bem-resolvido ou nos levar a pensar no que aquele casamento representava. Podia representar opressão. Ela solta seus grilhões. Atendi muitas mulheres que floresceram depois de enviuvar. Elas constroem uma nova identidade. É saudável perceber que depois de uma perda a pessoa fica diferente. Quando ela busca ser como era antes, se coloca num caminho impossível.

Istoé - E os lutos coletivos, como foram os de Ayrton Senna e Lady Di?

Maria Helena Bromberg - Há dois aspectos. Um é o do papel da mídia na intensificação desses lutos. O outro é a dor da perda do ídolo refletida na vida de cada um. Quando o Senna morreu, choramos nossas perdas, pequenas e grandes. Perdas relacionadas ao orgulho de ser brasileiro, aos fracassos de cada um. A perda do filho que tinha a mesma idade dele. Fui à Inglaterra para os funerais da princesa Diana. O choro daquela gente não era só porque a princesa era querida. Mulheres choraram seus lutos pela princesa e por maridos inoperantes, traidores, jovens choraram por pais omissos. Cada um deságua seus lutos quando um ídolo se vai. Ainda que inconscientemente.